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Como coletar e armazenar dados de pessoas de forma ética

Escrito por Cristian Guedes | 15/10/2025
Você lerá neste artigo:

 

Você já parou para pensar em quantos dados pessoais compartilha por dia? 
Ao comprar online, baixar um aplicativo ou se inscrever em um newsletter, estamos constantemente fornecendo informações sobre quem somos, e isso exige responsabilidade por parte das empresas que as recebem. 

Atualmente, os dados alimentam estratégias de marketing, personalizam experiências e ajudam a tomar decisões mais inteligentes e estratégicas. Porém, quando mal utilizados, podem gerar o efeito contrário:  vazamentos, perda de confiança e até sanções legais

Por isso, entender como coletar e armazenar dados de forma ética é essencial para qualquer negócio que queira crescer de maneira sustentável e transparente. 

A seguir, veja as principais práticas para garantir que o uso de dados pessoais respeite tanto a lei quanto os valores humanos. 

 

 

1. O que são dados pessoais? 

Dados pessoais são todas as informações que permitem identificar uma pessoa, como nome, CPF, e-mail, endereço, localização ou comportamento online. 

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) define regras para o tratamento dessas informações, ou seja, como elas são coletadas, usadas, armazenadas e descartadas. 

Entender o que é um dado pessoal é o primeiro passo para tratá-lo com ética e responsabilidade no ambiente digital. 

 

 

2. Peça consentimento de forma clara

A coleta ética começa com o consentimento informado. 
Explique ao usuário de forma simples e direta: 

  • Quais dados serão coletados; 
  • Porque eles são necessários; 
  • Por quanto tempo ficarão armazenados; 
  • Como ele pode cancelar o consentimento. 

Nada de letras pequenas ou jargões jurídicos. Clareza e transparência criam confiança e credibilidade, pilares da ética digital. 

 

 

3. Armazene dados com segurança

Manter dados protegidos é tão importante quanto coletá-los corretamente. 
Adote medidas como: 

  • Criptografia para dados sensíveis; 
  • Controle de acesso interno; 
  • Backups automáticos; 
  • Monitoramento constante de ameaças. 

Além de evitar vazamentos, boas práticas de segurança preservam a imagem da sua marca. 

 

 

4. Colete apenas o necessário

Menos é mais. 
O princípio da minimização de dados recomenda que você colete apenas o que for realmente útil para sua operação. 

Armazenar informações em excesso aumenta o risco de incidentes e vai contra o respeito à privacidade. 
Cada dado deve ter um propósito legítimo, e nada além disso. 

 

 

5. Siga as normas de proteção de dados

No Brasil, a LGPD é a principal referência, mas empresas que atuam globalmente também devem conhecer o GDPR, da União Europeia. 

Essas normas exigem que as organizações: 

  • Nomeiem um encarregado de dados (DPO); 
  • Mantenham registros de tratamento; 
  • Possuam políticas de privacidade acessíveis; 
  • Treinem equipes para lidar com informações pessoais. 

Cumprir essas obrigações é demonstrar ética, respeito e maturidade digital. 

 

 

6. Estabeleça um ciclo de vida para os dados

Todo dado tem um tempo útil. Defina prazos de retenção e descarte seguro para os dados pessoais, especialmente quando o usuário deixa de ser cliente. 

A exclusão completa, de forma irreversível, deve fazer parte da política de governança de dados da empresa. 

 

7. Seja transparente com incidentes

Mesmo com boas práticas, imprevistos podem acontecer. Em caso de vazamento ou acesso indevido, comunique imediatamente os titulares e as autoridades competentes. 

Assumir responsabilidade fortalece a imagem de uma ética, madura e confiável,  comprometida com a proteção dos dados que recebe. 

 

Ética digital como diferencial competitivo

Coletar e armazenar dados de pessoas de forma ética é mais do que cumprir a lei, é construir confiança. Empresas que tratam dados com respeito conquistam consumidores fiéis, evitam crises de imagem e se destacam em um mercado cada vez mais consciente. 

Em um mundo movido por informações, a ética é o melhor investimento que uma marca pode fazer 

Na NCS Consultoria, seguimos as melhores práticas de proteção, conformidade e ética digital para ajudar sua empresa a crescer com segurança e transparência. 

Entre em contato e descubra como podemos apoiar sua jornada de governança de dados. 

 

 

Autor

Cristian Guedes | Business Analyst da NCS Consultoria