No cenário contemporâneo, impulsionado pelo avanço tecnológico exponencial e pela crescente interconexão digital, testemunhamos uma explosão sem precedentes na geração e armazenamento de dados. Ao longo do tempo vemos um aumento na coleta de dados como uma característica marcante da nossa era. Este fenômeno conhecido como “Era dos Dados”, redefine constantemente a maneira que vivemos, trabalhamos e nos relacionamos.
O Relatório Global Digital de 2024¹, publicado em parceria entre We Are Social² e Meltwater, revelou marcos, tendências e grandes insights³ do panorama global digital. Dentre os indicadores, destacou-se um aumento no tempo que passamos online e até mesmo o declínio na audiência da TV em detrimento ao acesso à internet.
Surpreendentemente, o Brasil ficou em segundo lugar no ranking4 de países onde os usuários passam mais tempo online, segundo a pesquisa. Com mais de 66% da população mundial utilizando a internet e um total global de usuários em 5,53 bilhões, esse fenômeno digital globalmente difundido tem resultado na criação de uma vasta gama de dados em uma escala incomparável, que se acumula ano após ano.
No entanto, essa profusão de dados vem com grandes desafios: ter a habilidade em utilizar e reciclar esses dados de maneira eficaz e eficiente. É aqui que nos deparamos com o conceito de ser “data driven” ou na tradução literal “ser orientado a dados”, uma abordagem cada vez mais adotada por empresas e organizações no mundo todo.
A pirâmide DICS e o conceito Data Driven
Antes de aprofundarmos no conceito data-driven, é importante considerar a Pirâmide DICS (Dados, Informações, Conhecimento e Sabedoria). Conhecida como a pirâmide do conhecimento, essa estrutura hierárquica tornou-se fundamental para ações que envolvem inteligência de dados nas ciências da informação ou gestão do conhecimento. Ela monta uma estrutura que permite obter ferramentas para que possamos agir de maneira estratégica em nossas decisões.
As quatro camadas que compõem a pirâmide são: Dados, Informação, Conhecimento e Sabedoria. A hierarquia se dá pela interdependência entre as camadas: para termos informações precisamos de muitos dados, para termos conhecimento precisamos de muita informações, e para termos sabedoria, precisamos de muito conhecimento. Abaixo detalho abaixo as camadas existentes na pirâmide:
Dados: são elementos brutos pré-selecionados que, relacionados entre si, podem trazer uma informação futura. Podem ser números, imagens, palavras, porém quando apresentados isoladamente não nos dizem nada, não nos trazem informação alguma, são simplesmente dados em sua forma mais crua.
Informação: podemos adquirir a informação por meio da relação entre os dados da camada anterior. Quando os dados deixam de ser apresentados de forma isolada, mas começam a existir dentro de um contexto e lógica. Ou seja, ao unir os dados é possível trazer uma pespectiva sobre um determinado tema e gerar alguma informação para análise.
Conhecimento: é a análise da informação contextualizada, nessa fase da pirâmide podemos obter conclusões sobre as informações obtidas na camada anterior. Demarca o momento de interpretação das informações a fim de obter o conhecimento.
Sabedoria: é o nível mais elevado do saber, é o acúmulo dos diferentes conhecimentos até então. É quando há conhecimento diversificado e conectado, possibilitando uma análise profunda ao trazer consigo perguntas que levam a insights valiosos para a tomada de decisão.
Dessa forma, a pirâmide do conhecimento e suas camadas juntas possibilitam a gestão do conhecimento a fim de obter sabedoria, transformando dados brutos em ações estratégicas.
Então, como isso se conecta com o conceito data-driven?
Ser data-driven implica justamente em tomar decisões fundamentadas com base em insights derivados da análise de dados. Isso significa que, em vez de depender exclusivamente da própria intuição, achismo e experiências isoladas, as organizações não medem esforços em utilizar evidências quantitativas para orientar suas estratégias, operações e tomadas de decisão. Essa abordagem reduz a margem de erro, além de permitir que as empresas identifiquem oportunidades de crescimento, antecipem tendências do mercado e otimizem seus processos de maneira eficaz.
A utilização de dados vai além do simples armazenamento; envolve também sua reutilização e adaptação para diferentes propósitos e situações. Por exemplo, dados inicialmente coletados para análise de mercado podem ser aproveitados posteriormente para personalizar produtos, antecipar demandas ou até mesmo desenvolver novas soluções.
Essa prática de reutilização e adaptação dos dados é essencial para o sucesso de uma abordagem data-driven. Por meio da implementação de estratégias de Business Intelligence (BI), as empresas conseguem extrair insights valiosos dos dados, capacitando-as a tomar decisões mais informadas e estratégicas, impulsionando assim a eficiência e a competitividade.
Como aplicar a cultura Data Driven ao negócio?
Para adotar efetivamente a cultura data-driven, é crucial alinhar os colaboradores e investir em profissionais especializados para coletar, tratar e disponibilizar dados relevantes. Além disso, educar a equipe sobre a importância dos dados na tomada de decisões e seguir políticas internas que garantam a conformidade com regulamentações de proteção de dados, como a LGPD. A utilização de plataformas seguras para armazenar e operar os dados de forma confiável também se torna fundamental nesse processo.
Com o apoio de equipes especializadas, é possível implementar com sucesso a cultura data-driven em seu negócio. Entre em contato conosco para saber mais sobre os nossos serviços de consultoria em dados e conte com a nossa expertise para impulsionar o crescimento e a eficiência da sua empresa por meio do poder dos dados.
Referências:
1 https://indd.adobe.com/view/8892459e-f0f4-4cfd-bf47-f5da5728a5b5
² https://wearesocial.com/uk/blog/2024/01/digital-2024-5-billion-social-media-users/
3 https://www.amper.ag/post/panorama-digital-2024-insights-global-report
4 https://v4company.com/blog/marketing-digital/datareportal-2024
Leave Your Comment Here